Ser policial no Brasil não é profissão, é um sacerdócio.
Por trás da farda, existe um ser humano limitado e falho, assim como você.
Em muitas ocasiões, esses homens e mulheres até são capazes de criar estereótipos que os tornam superpoderosos aos olhos alheios ou, ainda, inalcançáveis pela fraqueza ou pelo cansaço.
Mas não bastasse o fato de serem a última barreira contra a criminalidade, o fardamento operacional, os equipamentos táticos e o coturno também pesam. E todo peso traz dor.
Nem mesmo o nome de guerra, espécie de batismo de profissão a que são submetidos os policiais brasileiros, é capaz de diminuir tamanha humanidade.
Em tempos midiáticos, até imaginamos que a estabilidade do cargo público e a tão sonhada foto diante da viatura resolverão todos os nossos problemas.
Acredite, caveira: nem tudo são flores. Em certa medida, o que diferenciam esses policiais de outras carreiras profissionais é a obstinação em servir.
E, para isso, eles estão prontos para tudo. Afinal, fizeram um juramento.
São pessoas que, em nome do compromisso de suas palavras, ousam defender a sociedade que os aponta, mesmo com o risco da própria vida.Contudo, quantas vezes não fomos ensinados a enxergar os nossos policiais como heróis?
Indivíduos para quem a coragem não falta.
Apesar disso, a realidade é bem diferente.
Esse texto não é um tributo romântico, mas ele serve para te lembrar que apenas os vocacionados conseguem permanecer nesse verdadeiro sacerdócio. Ser policial vai te exigir muita coisa em troca. Sobretudo porque para que você esteja em paz, alguns homens precisam estar em guerra.
Um dia será você a pagar esse preço.
E o preço do sacerdócio é pago com suor e sangue. Você está pronto?