Sangre hoje, triunfe amanhã

Sangrar, no universo policial, diz respeito à ação humana de sofrer em detrimento de uma recompensa futura. Por vezes, tamanho sacrifício será por um pouco de água, um descanso momentâneo ou uma liberação para reencontrar a quem se ama.

 

Distantes de seus lares, homens comuns são privados do conforto a que foram acostumados pela comodidade do tempo e testarão suas forças ao limite, sem qualquer afago.

 

Assim, para superar a morte a que os nossos sonhos podem estar destinados, não basta apenas querer ou dispor melhores táticas, porque é preciso sangrar no campo de batalha para gozar do privilégio de avistar o pôr do sol no final do dia, ao ter triunfado sobre o inimigo. Afinal, é durante essa pequena fração de segundos que tudo faz sentido.

 

É claro que nem todos alcançam tal intento, porque o preço a ser pago é muito alto. Por isso, os homens das forças especiais, em suas orações, reconhecem a dependência que possuem no Senhor.

 

Por seus próprios braços, eles tampouco seriam chamados de caveiras.

 

Em cursos operacionais, os instrutores, seus algozes, são os responsáveis por exigirem ao máximo do turno, levando-os à exaustão, ao sofrimento inquietante e à agonia do porvir.

 

Embora se submeter a essas condições não seja fácil, a cada amanhecer esses sonhadores se lembram do privilégio que é estar vivo. E se você deseja um ano diferente, recomendamos que estejas entre eles.

 

Ao entregares o teu corpo aos lobos, você questionará os motivos de sua persistência, à medida que os seu pares ficarão pelo caminho, famintos e dilacerados.

 

Em algum momento, é isso o que costumam fazer todos aqueles que têm um sonho. Assim, não se inferiorize por querer saber se a persistência é o melhor caminho. De forma inevitável, absolutamente todos se cansam, mas nem por isso desistem.

 

Em 2025, não morra pensando no que poderias ter sido. De outro modo, abandone o subjuntivo e afirme-se no imperativo.

 

Sangre o suficiente no presente para viveres o que almejas e lembre-se de que, na vida, como na guerra, a rendição é fatal.

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