Qual o peso do conforto?
No mundo operacional, “carregar o peso do seu conforto” é uma das frases mais icônicas que um aluno pode escutar. Em meio à gritaria dos instrutores e a enorme pressão que circunda aqueles que almejam ser especiais, o seu significado costuma passar despercebido, enquanto o sol queima os rostos e a sede faz acelerar o coração dos portadores de uma numérica.
Apesar disso, ela significa que o aluno deveria trazer consigo tudo aquilo de que ele necessitará para concluir, com êxito e precisão, o seu percurso, independentemente do desalento que isso possa lhe acarretar naquele momento. Convenhamos que, embora alguns fardos sejam necessários ao nosso desenvolvimento humano, ninguém gosta de sustentá-los por muito tempo. Em algum momento, a coluna que nos sustenta envergará, ao fazer os nossos passos cambalearem e não se apoiarem firmes sobre as pernas.
Em sua jornada em busca da farda, eu sei que você já teve a sensação de carregar peso demais, transvestido da cobrança de familiares ou amigos ou, até mesmo, daquela enxurrada de materiais acumulados ao longo de anos de preparação. Acredite: eu já passei por essa fase e sei o quanto ela pode ser frustrante.
Evidentemente, o sobrepeso nas costas tem o condão de nos pressionar a resultados melhores e mais rápidos, no menor espaço de tempo, pois o incômodo é real. Contudo, passar em um concurso público não obedece à lógica do “quanto maior o peso, mais perto da linha de chegada”, porque nem tudo deve ser levado aos ombros.
Não é necessariamente aprovado o candidato que acumula pilhas de fichas, tampouco aquele que, em meio ao desespero de tudo armazenar, faz do seu quarto uma enciclopédia de post-its. Do contrário, na maior parte das vezes, o simples dá certo, com menor peso e maior praticidade. Que você saiba discernir aquilo que deve ou não estar presente em sua mochila até o dia da prova.
Portanto, embora você deva carregar o peso do seu conforto, também saiba dividi-lo, de maneira inteligente, com quem pode te auxiliar. Nós estamos aqui para isso.
