Talvez não seja essa a principal característica sobre os policiais brasileiros que você verá em destaque nas manchetes jornalísticas, mas nem por isso grande parte deles abandonam o servilismo.
No fundo, ser policial diz mais a respeito do que fazemos aos outros do que a nós mesmos.
E é nosso papel institucional evidenciar notícias como essas abaixo.
Em julho de 2024, em um intervalo de apenas 8 dias, a Polícia Militar do Distrito Federal salvou cinco crianças vítimas de engasgo.
Em setembro do mesmo ano, um bebê de 1 ano e 8 meses foi reanimado de uma asfixia por dois policiais, após a sua mãe pedir socorro em uma unidade da Polícia Rodoviária Federal, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
No último dia 25 de dezembro, em pleno Natal, o trabalho de inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro resgatou um produtor cultural que estava prestes a ser assassinado pelo tribunal do crime, na Comunidade do Caju.
Considerado uma referência mundial no gerenciamento de crises, o Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de São Paulo atua, há anos, sem casos notáveis de insucesso.
Inclusive, inspirado no lema “ser e não parecer”, o grupo paulista tem como objetivo principal preservar vidas, ainda que ao atuar em ocorrências com reféns, elementos suicidas, ações de contraterrorismo e desarmamento de artefatos explosivos.
E esses são apenas alguns exemplos.
À primeira vista, podem te fazer enxergar um mundo policial cinzento, mas se permita ver as cores reais que o cercam.
Como em qualquer profissão cujo fim é o bem público, talvez o perigo maior seja exercer domínio e poder escusos sob o pretexto de servir. Mas nem de longe isso representa a maioria dos nossos policiais.
Em breve, ao sair de casa para um plantão, você irá se deparar com problemas que nem foram criados por você e que dizem respeito a terceiros não conciliadores. Apesar disso, que a descrença em um mundo que beira o caos não te impeça de exercer aquilo para o qual você está destinado.