Os comandos já se vão!
Os comandos são a mais antiga tropa brasileira a usar o símbolo da faca na caveira.
Temidos em decorrência da agilidade com que respondem aos inimigos, foi no século XVII, em meio às invasões estrangeiras no território nacional, que eles tiveram a sua gênese.
A partir da captura do governador holandês Van Dorth, atribui-se ao Capitão Francisco Padilha a inspiração lendária para esses gorros negros.
A piedade não é uma virtude louvada entre os comandos.
Aliás, a ausência de luz é encarada como um privilégio, já que devem preservar as suas identidades e agir sob sigilo. Assim, esses homens não costumam revelar seus rostos, sendo descritos como pontos negros em meio à noite escura, mas ainda capazes de causar máxima destruição na retaguarda do inimigo.
Como já pontuou um sábio militar chinês, se manobrar uma multidão indisciplinada é perigoso demais, fazer o mesmo com uma tropa especializada torna-se um privilégio.
Os comandos sabem disso.
No fundo, o preço para ser um deles é a renúncia à própria identidade pessoal. Afinal, caveiras não são formados em massa.
Devido às suas ações exigirem um alto nível de compenetração de seus operadores, que agem em meio a infiltrações terrestres, aquáticas e aéreas, eles estão sempre prontos a partir.
Como observa a canção “Comandos se vão”, o campo de batalha é a casa das operações especiais.
A partir da ênfase na jornada desses vocacionados, que não sabem se cairão em combate ou se regressarão às suas famílias, a composição ressalta a dedicação e o compromisso dos comandos com a defesa da pátria.
Afinal, eles são obrigados a deixar para trás esposas, filhos, pais e amigos. No fundo, a essência que os compõe é formada por um ato de renúncia ao qual nem todos desejam se submeter.
Saiba que os comandos partem todos os dias.
Assim, quando a noite escurecer, não se esqueça de estar entre os melhores.
Isso pode custar a sua vida.